Encontro no Motel com o Carlão Gostoso - Delícia!
Publicado por: papito2024 em 19/08/2024
Categoria: Confissão
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Meu nome é Olavo, e acredite se quiser, foi justamente na academia que eu encontrei um novo amigo, o Carlão. Essa é uma história muito tesuda que vocês vão adorar!Minha filha vive insistindo que eu tinha que fazer alguma atividade física. Ela tava preocupada com a minha saúde, dizia que era pra mover o esqueleto e não ficar vegetando no sofá. Eu sempre hesitei, porque, convenhamos, academia é lugar pra esses jovens fortões ficar tirando selfie, não pra um velho rabugento feito eu.
Bom, pra resumir, depois de muita insistência, eu acabei cedendo. Lá fui eu, meio a contragosto, entrar pela porta da academia. Já na primeira semana, meus músculos doíam tanto que pensei que não ia aguentar. Mas meus filhos não me deixavam desistir, me davam força, sabe como é.
Foi numa manhã assim, igual qualquer outra, que eu vi o Carlão pela primeira vez. Ele tava todo empolgado na bicicleta ergométrica, suando mais que tampa de chaleira. A gente se assenta na mesma fileira de bikes, e ele logo puxa assunto. "Bom dia, parceiro! Primeira vez aqui?"
Falei que não, que já tava nessa vida de exercícios há uns dois meses, e que ele devia ser o novato da história. Ele deu uma risadinha e contou que a filha dele tinha feito o mesmo que a minha, praticamente arrastado pra academia. "Essas filhas são todas iguais!", ele disse, e não pude deixar de concordar, rindo junto.
Assim a gente foi indo, dia após dia, sempre trocando umas palavras, compartilhando umas piadas. Com o tempo, nossa amizade foi ficando mais forte. Conversávamos sobre nossas vidas, histórias de um tempo que os jovens de hoje nem imaginam. Ele me contava como era ser caminhoneiro nas décadas de 70 e 80, e eu retribuía contando das minhas aventuras como dono de uma mercearia no bairro.
Um dia, o Carlão me convidou pra tomar um café depois do treino, e a partir daí, isso virou uma tradição. A gente tomava o café, comia um pãozinho de queijo, e falava da vida. Era bom demais ter alguém com quem partilhar as coisas, que entendia minhas piadas, que sabia das dores nos ossos e das saudades dos tempos antigos.
Certo dia, ele apareceu cabisbaixo. Perguntei o que tinha acontecido, e ele me contou que tinha recebido um diagnóstico complicado. Era sobre o coração dele, que já não aguentava mais tanto esforço. Quando vi, me viro pra ele e digo: "Ô Carlão, pra algumas coisas na vida não tem remédio, mas tem amizade, e tô aqui pra o que você precisar".
Nossos encontros continuaram, só que agora com menos exercícios e mais conversas. Ele decidiu seguir os conselhos médicos, fazer exercícios mais leves. A academia entendeu e adaptou as atividades dele. E eu, como um bom amigo, fiz a mesma coisa. Não ia deixar ele fazer isso sozinho.
Com o tempo, a saúde do Carlão deu uma estabilizada. Continuávamos nossos encontros na academia, mas o mais importante eram as conversas e risadas que a gente trocava. Viramos inseparáveis, mais que amigos, irmãos de alma.
A vida pode ser cheia de surpresas, e a maior delas é descobrir que nunca é tarde pra fazer novos amigos. Hoje, eu agradeço todo dia pela insistência da minha filha, porque foi graças a isso que conheci o Carlão. E de quebra, ganhei uma nova perspectiva de vida, um motivo a mais pra sair de casa e aproveitar o que ainda tem pra ser vivido.
...
Como amigos, eu e Carlão ficamos ainda mais próximos conforme os meses passavam. Nossas conversas iam muito além de exercícios e aventuras passadas; começamos a compartilhar histórias pessoais, aquelas que a gente não conta pra qualquer um. Sabe, decepções amorosas, sonhos não realizados e, é claro, algumas travessuras da juventude.
Num desses encontros no café, depois da academia, entre um gole de café e outro, Carlão soltou algo que me pegou de surpresa. "Olavo, você já foi num motel depois de velho?" Ele perguntou, rindo, mas com um brilho nos olhos que mostrava que a pergunta era séria. Dei uma risada, pensando que ele tava zoando, mas logo vi que não. Ele me olhou de um jeito que só um amigo de verdade olha.
"Sabe de uma coisa, Carlão? Nunca fui. Mas, se é pra viver essa experiência, que seja contigo." Ele começou a rir, dessa risada gostosa que faz o ambiente inteiro ficar mais leve, e disse: "Então tá fechado! Vamos fazer isso acontecer."
Uma semana depois, lá estávamos nós, dois velhos amigos numa situação completamente inusitada, parando na frente de um motel discreto na periferia da cidade. Nem lembro quem teve a ideia de escolher aquele lugar, mas o importante era a experiência. Estávamos no carro do Carlão, um fusquinha azul, e riamos feito dois pré-adolescentes descobrindo algo novo.
Entramos na suíte e, entre risos nervosos e piadas bobas, começamos a explorar o lugar. Tinha uma cama redonda, um espelho no teto e até uma banheira de hidromassagem; o tipo de coisa que a gente só vê em filmes ou ouve em música de boate. Carlão, completamente à vontade, começou a mexer no rádio e botou uma música antiga, dessas que a gente ouvia nos bailes de antigamente. E eu já estava era com tesão e de pau duro, doido pra pedir ao Carlão que me chupasse logo.
Brincamos que aquilo era mais confortável do que muito hotel em que a gente já tinha ficado na vida. Decidimos entrar na piscina da suíte, e até tentamos ligar a hidromassagem, mas acabamos com água espirrando pra todo lado. Ríamos tanto que comecei a achar que um de nós ia enfartar de tanta emoção.
Entre conversas e risadas, Carlão me contou de uma aventura que ele viveu na juventude, de como ele pulou a janela de um motel certa vez pra escapar da mulher do dono do lugar. Ouvir aquilo me fez rir tanto que até esqueci das dores normais da idade.
Com o passar do tempo, acabamos relaxando mais, nos permitindo aproveitar o momento. Tivemos uma conversa profunda sobre a vida, a perda e o quanto a amizade verdadeira é rara e preciosa. Falamos sobre nossos medos atuais e sobre como isso tudo, esse encontro maluco, nos fazia sentir vivos de novo, quase como se fôssemos garotos.
Antes de sair, pedi pro Carlão parar um instante. Fiz questão de registrar aquele momento com uma foto no celular, desses modernos, sabe? A imagem de dois velhos amigos, sorrindo genuinamente, no lugar mais improvável do mundo. A vida realmente é uma caixinha de surpresas e muitas vezes, as melhores experiências surgem dos momentos mais espontâneos.
Quando finalmente saímos do motel, eu e Carlão estávamos exaustos, mas com aquela sensação boa de ter feito algo memorável. Olhamos um para o outro e, sem precisar dizer nada, sabíamos que aquela era uma daquelas histórias que a gente ia contar pros netos—ou talvez não, vai saber.
Naquele dia, eu percebi que a vida sempre pode nos surpreender com momentos inesquecíveis, mesmo quando a gente menos espera. E é por isso que eu digo: nunca subestime o poder de uma amizade verdadeira, porque ela pode transformar até os momentos mais inusitados em algo especial.
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