Com o Geraldão na Fazenda

Publicado por: papito2024 em 20/08/2024
Categoria: Incesto Hetero
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Eu precisava me movimentar mais. Minha avó estava preocupada com a minha saúde, dizia que eu precisava sair do sofá e fazer alguma coisa. Eu sempre hesitei, porque, convenhamos, essas aulas são mais pra galera mais jovem e ativa, não pra um pescador rabugento feito eu.

Bom, depois de muita insistência, acabei dando. Lá fui eu, meio a contragosto, para a primeira aula. Na primeira semana, meus músculos doíam tanto que pensei que não ia aguentar. Mas meus filhos não me deixaram desistir, sempre me incentivando.

Foi numa tarde dessas, igual a qualquer outra, que eu vi o Geraldão pela primeira vez. Ele estava todo animado, dançando como se não houvesse amanhã. A gente se encontrou na mesma turma, e ele logo puxou conversa. "Boa tarde, parceiro! Primeira vez aqui?"

Respondi que já estava nessa rotina há uns dois meses, e que ele devia ser o novato. Ele riu e comprou que a filha dele tinha feito o mesmo que a minha, praticamente o arrastado para as aulas. "Essas filhas são todas iguais!", ele disse, e eu concordei, rindo junto.

Assim, fomos nos conhecendo, dia após dia, sempre trocando algumas palavras e piadas. Com o tempo, nossa amizade ficou mais forte. Conversávamos sobre nossas vidas, histórias de tempos que os jovens de hoje nem imaginam. Ele me contava como era ser peão de fazenda nos anos 70 e 80, e eu retribuía contando das minhas experiências como proprietário de um armazém no bairro.

Um dia, o Geraldão me convidou para terminar um café depois da aula, e isso virou uma putaria. A gente tomava café, comia um pãozinho caseiro, e falava da vida. Era bom demais ter alguém com quem partilhar as coisas, que entendia minhas piadas, que sabia das dores nos ossos e das saudades dos velhos tempos.

Certo dia, ele apareceu desanimado. Perguntei o que tinha acontecido, e ele me contou que tinha recebido um diagnóstico complicado. Era sobre o coração dele, que já não aguentava tanto esforço. Virei para ele e disse: "Ô Geraldão, algumas coisas na vida não têm remédio, mas têm amizade, e tô aqui pra o que você precisar".

Nossos encontros nunca continuaram, mas agora com menos dança e mais conversas. Ele decidiu seguir os conselhos médicos e fazer atividades mais pesadas. As aulas foram adaptadas, e eu, como bom amigo, fiz o mesmo. Não ia deixar ele passar por isso sozinho.

Com o tempo, a saúde do Geraldão deu uma estabilizada. Continuávamos nossas gozadas, mas o mais importante eram as conversas e risadas que a gente trocava. Nos tornamos inseparáveis, mais que amigos, irmãos de alma.

A vida pode ser cheia de surpresas, e a maior delas é descobrir que nunca é tarde pra fazer novos amigos. Hoje, agradeço todos os dias pela insistência da minha filha, porque foi graças a isso que conheci o Geraldão. E de quebra, ganhei uma nova perspectiva de vida, um motivo a mais para sair de casa e aproveitar o que ainda tem para ser vivido.
Ai o tempo foi passando...

Como amigos, eu e o Geraldão ficamos ainda mais próximos conforme os meses passavam. Nossas conversas iam muito além de atividades físicas e histórias antigas; começamos a compartilhar confidências, coisas que a gente não conta pra qualquer um. Sabe, amores mal resolvidos, sonhos que ficaram pelo caminho e, claro, algumas travessuras da juventude.

Num desses encontros no café, depois da aula, entre um gole de café e outro, Geraldão soltou uma pergunta que me pegou de surpresa. "Sebastião, você já foi numa fazenda dessas antigas, só pra curtir, depois de velho?" Ele perguntou, rindo, mas com um brilho nos olhos que mostrava que a pergunta era séria. Ri, achando que ele estava brincando, mas logo vi que não. Ele me olhou de um jeito que só um amigo de verdade olha.

"Sabe de uma coisa, Geraldão? Nunca fui. Mas, se é pra viver essa experiência, que seja contigo." Ele começou a rir daquela risada gostosa que deixa tudo mais leve, e disse: "Então tá fechado! Vamos fazer isso acontecer."

Uma semana depois, lá estávamos nós, dois velhos amigos numa situação completamente inusitada, parando na frente de uma fazenda discreta, no interior. Nem lembro quem escolheu o lugar, mas o importante era a experiência. Estávamos no carro do Geraldão, uma Kombi velha, e ríamos feito dois adolescentes descobrindo algo novo.

Entramos na casa principal, e entre risos nervosos e piadas bobas, começamos a explorar o lugar. Tinha uma cama de madeira antiga, um espelho grande e até uma banheira de ferro; o tipo de coisa que a gente só vê em novelas antigas. Geraldão, totalmente à vontade, ligou o rádio e botou pra tocar uma música antiga, dessas que a gente ouvia nos bailes de antigamente. E eu já estava era excitado, louco pra propor ao Geraldão algo mais íntimo.

Brincamos que aquele lugar era mais confortável do que muitos hotéis onde já tínhamos ficado na vida. Decidimos explorar a propriedade, e até tentamos ligar o motor da velha bomba d’água, mas acabamos com água espirrando pra todo lado. Ríamos tanto que comecei a achar que um de nós ia enfartar de tanta emoção.

Entre conversas e risadas, Geraldão me contou de uma aventura que ele viveu na juventude, de como ele fugiu pela janela de uma fazenda certa vez pra escapar de um fazendeiro furioso. Ouvir aquilo me fez rir tanto que até esqueci das dores normais da idade.

Com o tempo, acabamos relaxando mais, nos permitindo aproveitar o momento. Tivemos uma conversa profunda sobre a vida, as perdas, e o quanto a amizade verdadeira é rara e preciosa. Falamos sobre nossos medos atuais e sobre como esse encontro inusitado nos fazia sentir vivos de novo, quase como se fôssemos garotos.

Antes de sair, pedi pro Geraldão esperar um instante. Fiz questão de registrar aquele momento com uma foto no celular, desses modernos, sabe? A imagem de dois velhos amigos, sorrindo genuinamente, no lugar mais improvável do mundo. A vida realmente é uma caixinha de surpresas e, muitas vezes, as melhores experiências surgem dos momentos mais espontâneos.

Quando finalmente saímos da fazenda, eu e Geraldão estávamos exaustos, mas com aquela sensação boa de ter feito algo memorável. Olhamos um para o outro e, sem precisar dizer nada, sabíamos que aquela era uma daquelas histórias que a gente ia contar pros netos—ou talvez não, vai saber.

Naquele dia, eu percebi que a vida sempre pode nos surpreender com momentos inesquecíveis, mesmo quando a gente menos espera. E é por isso que eu digo: nunca subestime o poder de uma amizade verdadeira, porque ela pode transformar até os momentos mais inusitados em algo especial.


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