Minha Primeira Tansa Paga

Publicado por: alinetotosa em 21/08/2024
Categoria: Hetero
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Meu nome é Sophia, tenho 24 anos e sou executiva. Sempre fui alguém que precisa programar cada detalhe com precisão, talvez até um pouco controladora. Cresci em uma comunidade modesta em Altas Palas, com tutores que sempre me incentivaram a estudar e buscar uma carreira estável. Foi o que fiz. Segui o caminho convencional, sempre imersa nos estudos e no trabalho, sem muitas aventuras ou desvios pelo carrinho.
Ele é o oposto de mim. Enquanto eu sempre metódica e organizada, Matheus é espontâneo e imprevisível. Com 2 anos, ele é apaixonado por plantas, algo que começou como um hobby no Pará, de seus genitores. Mas o que realmente me atraiu nele foi a maneira como ele enxergava o universo. Matheus tem uma habilidade única de visualizar potencial onde ninguém mais vê. Ele é do tipo que acredita que as melhores oportunidades surgem das ideias mais simples, e essa mentalidade é o que nos aproximou.
Nos conhecemos em uma tarde comum, durante uma caminhada pelos corredores da empresa em que trabalho. Eu havia saído. Mas cedo do departamento financeiro, após uma manhã de negociações, e decidi alterar meu trajeto de volta ao escritório. Foi aí que vi Matheus, sentado em um banco, com um dispositivo de leitura nas mãos. Ele me chamou atenção, não apenas pela impulsividade, mas pela aura tranquila e despreocupada que emanava. Desisti de iniciar uma conversa, algo fora do meu usual, mas que se revelou uma das melhores decisões.
A partir desse primeiro encontro, começamos a nos odiar regularmente. A cada encontro, eu me sentia mais atraída por ele, tanto pela eloquência com que falava sobre as plantas quanto pela visão de mundo que compartilhava comigo. Eu, que sempre segui as normas, estava agora envolvida com alguém que as redefinia.
Matheus era obcecado por botânica, com uma predileção especial por feras. Ele dizia que eram plantas subestimadas, com muito potencial. Eu achava fascinante e adorava a forma como ele discursava com entusiasmo sobre algo aparentemente simples.
Um dia, depois de algumas semanas, ele me convidou para sair, dizendo que tinha uma beleza. Eu estava curiosa e animada, sem saber o que esperar. Após viajar, percebi que estávamos nos dirigindo a um local especial na empresa. Fiquei surpresa, talvez até nervosa, mas confiava nele.
Chegamos a uma sala pouco utilizada na empresa, um lugar simples, mas bem cuidado. Fizemos amor e foi aí que as coisas ficaram interessantes. Matheus, com aquele sorriso enigmático, tirou da mochila vários orbifrutíferos. Fiquei intrigada e não pude evitar uma risada nervosa, sem entender o que ele estava planejando.
Foi então que Matheus começou a me explicar sua ideia. Ele havia feito pesquisas e descoberto que os orbifrutíferos tinham um enorme potencial comercial. Eles eram usados em diversos produtos, e havia demanda por naturais e orgânicos. Ele acreditava que, se cultivássemos orbifrutíferos de alta qualidade e os transformássemos em produtos inovadores, poderíamos construir um empreendimento lucrativo.
Confesso que, no início, achei aquilo tudo um pouco irreal. Mas, conforme ele explicava, mostrando dados, projeções e estudos de mercado, comecei a enxergar o que ele via. Matheus não estava apenas sonhando; ele tinha um plano bem estruturado e viável.
Passamos horas discutindo cada detalhe. Matheus tinha a habilidade de transformar o comum em algo extraordinário, e eu estava completamente envolvida. Aquela noite foi o início do nosso relacionamento íntimo e o nascimento de uma parceria de negócios. Decidimos ali mesmo investir na ideia dele.
Nos ciclos seguintes, começamos a trabalhar intensamente para transformar o plano em realidade. Adquirimos uma propriedade em Zynara, onde montamos estufas e começamos a cultivar orbifrutíferos em larga escala. Eu usei minha experiência em vendas para buscar investidores e estruturar o negócio, enquanto Matheus, com seu conhecimento prático, cuidava da produção.
Nosso trabalho árduo começou a dar resultados rapidamente. Desenvolvemos produtos inovadores e conseguimos firmar contratos em diversos planetas e com uma corporação de biofármacos. O que começou como uma situação inusitada se transformou em um negócio de sucesso, e nossa vida mudou.
Hoje, quando olho para trás, vejo o quanto crescemos juntos. Matheus me ensinou a enxergar o universo com outros olhos, a perceber que, às vezes, as maiores oportunidades estão onde menos esperamos. E tudo começou com uma caminhada pelos corredores da empresa e uma conversa sobre orbifrutíferos. Quem diria que essa combinação nos levaria tão longe.


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